Pompéia
A cidade petrificada pelo Vesúvio!
Pompéia
Quando chegamos à Sicília, a maior ilha do mar Mediterrâneo, já havíamos percorrido mais de 2 mil quilômetros na Itália, pois, tínhamos entrado pelo Vale de Aosta, no extremo norte, na divisa com a Suíça e, agora, estávamos no extremo sul do país.
Assim, após visitarmos Taormina e o vulcão Etna, era chegado o momento de nos despedirmos da ilha. Portanto, contornamos "o bico da bota" e subimos pela litoral do mar Tirreno, em direção à Pompéia, o nosso próximo destino.
Como Pompéia fica localizada na região da Campânia, para chegarmos lá, teríamos que percorrer mais de 600 quilômetros, atravessando, inclusive, a Costa Amalfitana - aqueles famosos 50 km, localizados no litoral sul da península de Sorrento.
Embora as paisagens da costa sejam realmente belíssimas, como a estrada é muito estreita e era período de alta temporada, as filas de veículos, nos dois sentidos, estavam quilométricas.
Como ficou praticamente impossível transitarmos de motorhome, por causa da lentidão do trânsito, após percorremos 15 km, aproximadamente, retornamos para a autoestrada e seguimos em direção ao nosso destino.
Pompeia é, sem dúvidas, a mais famosa das cidades romanas destruídas pela erupção do vulcão Vesúvio. Foi no fatídico dia 24 de agosto do ano 79, que o vulcão que estava adormecido há mais de 800 anos, deu sinais de vida.
A cidade foi simplesmente dizimada, pois ficou soterrada sob cinco metros de cinzas e gases em alta temperatura, após uma erupção que levou para os ares boa parte do topo do vulcão e mandou pedras e lavas às alturas.
O mais intrigante é que a cidade se manteve oculta por 1600 anos, até ser descoberta, por acaso, em 1748.
A partir daí, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada de como era a vida em uma cidade no tempo da Roma Antiga.
As cinzas e a lama protegeram as construções e os objetos dos efeitos do tempo, moldando, também, os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontrados do modo exato como foram atingidos pela erupção.
Após as escavações, visando auxiliar a visita dos turistas às ruínas, foi elaborado um mapa composto por nove Regiões, contendo em cada uma delas, os principais pontos turísticos a serem visitados.
Fonte Pompeii Sites
Em todas as regiões existem locais imperdíveis de serem visitados, dependendo apenas da disponibilidade de tempo do visitante.
Na Região I, por exemplo, visitamos o Jardim dos Fugitivos. Nele, estão expostos 13 moldes de corpos em gesso, de treze vítimas, as quais, provavelmente, tentaram fugir pelo Portão Nocera.
Já na Região VIII, tivemos a oportunidade de conhecer o Grande Teatro. Construído em uma colina, na metade do século II a.C., nele, eram apresentadas as comédias e as tragédias da tradição Greco-Romana.
Na sequência, fomos visitar a Região VII, onde está localizado o Fórum, que era o centro da vida na cidade e onde ficavam os principais prédios da administração, mercados e templos, etc.
Nesta região também está localizado o famoso Lupanar (Lupanare), que em latim significa "covil das lobas".
Era o antigo prostíbulo de Pompéia, onde "trabalhavam" as prostitutas vindas como escravas da Grécia ou de algum país do Oriente.
O prédio de dois andares ainda mantém conservadas as pinturas eróticas nas paredes e os quartos com camas de cimento, incluindo o travesseiro.
Ainda na Região VII, nós visitamos as belíssimas Termas Estabianas (Terme Stabiane). Construídas no ano 80 a.C., elas são salas lindamente decoradas, as quais haviam sido restauradas poucos anos antes da erupção.
Por fim, a última região que visitamos foi a VI, que fica fora dos antigos muros de Pompéia e, nela, está localizada a famosa Vila dos Mistérios (Via dei Misteri).
O intrigante nome é originado de um salão da casa, o qual é coberto com afrescos nas três paredes e mostra um rito misterioso com o Deus Dionísio e sua esposa Ariadne.
Mesmo passado quase 2000 mil anos, a sensação que tivemos ao visitar o sítio arqueológico de Pompéia foi indescritível.
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