Taormina

Taormina

Depois de saírmos de Matera, na região da Basilicata, continuamos nossa viagem, cada vez mais em direção ao sul da Itália, pois o nosso próximo destino era a Sicília, a maior ilha do Mediterrâneo, onde pretendíamos visitar o famoso vulcão Etna.

Após percorrermos, aproximadamente, 500 km, já na região da Calábria, chegamos a uma pequena comuna denominada Régio de Calábria.

Como essa nossa viagem ao redor do mundo tem nos proporcionado encontros incríveis, em Régio de Calábria, tivemos a oportunidade de encontrar nosso grande amigo Alceu e suas filhas, Marcela e Natália, com os quais passamos momentos inesquecíveis, regados a deliciosos vinhos italianos.

Como era um final de semana, o Alceu sugeriu que, juntos, no domingo, visitássemos Taormina, uma simpática cidadezinha, já em território siciliano, conhecida como "A Péróla do Mar Jônio" e, de lá, após a visita, eles retornariam para Régio e, nós, continuaríamos nosso itinerário pela famosa ilha.

Aceitamos a sugestão e atravessamos o canal de Messina, de ferry-boat, em direção à Sicília. 

No ferry-boat, com o Alceu e a Naty, rumo à Sicilia

Batimóvel, de ferry, nas águas do mar Jônio

Depois de atravessar o estreito de Messina, até chegar em Taormina, é necessário percorrer, aproximadamente 85 km. Embora fosse uma distância curta, foram momentos de muita diversão... e surpresa!

Sim! Surpresa, pois, além deles poderem "curtir" uma viagem diferente, antes de chegarmos em Taormina, durante o trajeto, estacionei o batimóvel e, de surpresa, passei o voltante para o Alceu.

Aliás, não só para ele, mas, depois, também para as filhas dele! Foi uma oportunidade de sentirem a emoção de como é dirigir um motorhome pela primeira vez na vida! Esperamos que eles tenham gostado da experiência e da surpresa!

A história de Taormina começa no século IV a.C., quando alguns gregos sobreviveram ao massacre de Naxos e decidiram ficar por ali mesmo, naquele lugar “mais ou menos” entre o mar e o vulcão Etna. 

Denominaram o lugar de Tauromenion, pois as colinas de um monte chamado Tauro se assemelhavam a um touro. 

No período romano, Taormina se tornou um dos destinos de lazer preferido dos senadores e aristocratas, dando início, assim, a fama de cidade mais turística da Sicília. 

O acesso de veículo à Taormina, principalmente de grande porte como é o nosso, é muito difícil. Por isso, depois de rodarmos muito, tentando localizar um estacionamento, a solução foi deixarmos o motorhome em um camping.

Um dos mais antigos e mais bem conservados monumentos de Taormina é, sem dúvida nenhuma, o teatro grego ou teatro antigo.

Construído no século III a.C. ele é o segundo maior teatro da Sicília, ficando atrás apenas do Siracusa. Nele, ainda hoje, acontecem espetáculos e eventos culturais, principalmente, no período de junho a setembro.

Teatro grego em Taormina

No interior do teatro foi possível visualizar as estruturas de algumas colunas e de alguns portões.

Eram através desses portões que saiam os ferozes leões que, junto com os gladiadores, faziam o público delirar nas arquibancadas!  

Colunas do teatro grego em Taormina

Um dos portões do teatro grego em Taormina

Ainda na área do teatro, existe um museu, no qual foi possível conhecermos peças antiquíssimas da época do império romano.

Museu do teatro grego em Taormina

Lá, do alto, a vista do mar Jônio é lindíssima!

Vista de Taormina do alto do teatro

Vista parcial de Taormina

Depois de visitarmos o teatro, descemos até chegarmos aos famosos Jardins Públicos de Taormina, também conhecido como Villa Comunale ou Villa Colonna, um belíssimo local, repleto de flores e plantas exóticas, que nos transmitiu muita paz, durante a visita.

Na verdade, o que hoje são os jardins púbicos, antigamente era o jardim privativo de uma nobre inglesa, Lady Florence Trevelyan, que se casou com o prefeito da cidade.

No jardim, existe até uma área especial, onde a famosa lady praticava seu hobby preferido: birdwatching, ou seja, observação de pássaros.

Jardins Públicos de Taormina

Na entrada do jardim, existe uma belíssima escultura denominada Anjos do Nosso Tempo, uma obra em homenagem ao amor, produzida pelo artista plástico Piero Guidi.

Os "anjos", obra de Piero Guidi, em Taormina

À tarde, aproveitamos para conhecermos a famosa Corso Umberto I, a principal rua da cidade, cujo nome foi dado em homenagem ao primeiro rei da Itália, Umberto I di Savoia.

A rua ligava a cidade de Messina à Catânia e, por isso, ela é delimitada pela Porta Messina, ao norte e pela Porta Catânia, ao sul.

Durante nosso passeio, visitamos algumas das dezenas de lojinhas. Algumas são de artesanato local, outras, são de marcas de grandes redes, mas todas elas estavam repletas de turistas de todas as parte do mundo.

Interessante que as construções dos prédios são de diversos estilos, entre eles, gótico, normando e barroco.

Rua principal de Taormina

Do alto da cidade, foi possível visualizarmos Isola Bella. Essa pequena, mas belíssima ilha que já pertenceu a Ferdinando I di Borbone, é um dos simbolos da cidade de Taormina.

Nesta ilha, a Lady Florence (aquela mesma que se casou com o prefeito da cidade), construiu, no centro, uma casinha, onde ela se refugiava nas horas mais quentes do dia.

A ilha de Isola Bella em Taormina

Finalizamos o passeio deixando nossos amigos na estação de trem (pois eles iriam retornar para Régio de Calábria) e, nós, continuamos nossa viagem em direção ao famoso vulcão Etna, que seria o nosso próximo destino.

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