Áustria - Viena
Parte I - A riqueza cultural de Viena!
Viena - Parte I
Pelo itinerário inicial, a visita à Aústria seria somente no ano que vem. No entanto, uma das vantagens desse tipo de viagem é a possibilidade de se alterar a rota, a qualquer momento, sem a necessidade de ter que ficar "engessado" a um itinerário predefinido.
Além disso, como a distância de Bratislava, capital da Eslováquia para Viena, capital da Áustria é de apenas 79 km, porque não aproveitar a oportunidade para conhecer Viena? Afinal, frequentemente ela aparece nas listas das melhores cidades do mundo para se morar.
Assim, em vez de seguir para Budapeste, capital da Húngria (o próximo país que eu pretendia visitar), optei pela pista que conduziria-me até Viena, chegando na cidade, já no final da tarde.
Já com o batimóvel devidamente estacionado, às margens do rio Danúbio, quando olhei para o céu, ele estava lindo! O por do sol era um verdadeiro espetáculo! Pelo menos para mim, momentos como este, merecem uma reflexão.
Como não acreditar que Deus existe e que criou o mundo? Um por do sol deste é apenas uma, das tantas belíssimas obras que ele criou, muitas das quais, diariamente, estão expostas diante dos nossos olhos. Pena que, às vezes, estamos tão ocupados, que nem paramos para admirá-las!
No dia seguinte, antes de visitar a cidade, a minha prioridade foi realizar mais um treino preparatório para a maratona de Atenas, na Grécia, que realizar-se-á em novembro.
Segundo os especialistas, quem pretende correr uma maratona deverá realizar, no mínimo, dois treinos chamados de "longões". A quilometragem percorrida neste tipo de treino oscila entre 32 e 36 km. Se o "atleta" conclui-los confortalvelmente, ele já estará apto a participar da maratona, pelo menos na teoria.
Como estou retornando e já tinha feito alguns treinos na faixa de 20 km, neste dia, "estiquei" um pouco mais para completar 25 km. Além disso, embora o outono esteja apenas começando, a temperatura aqui na Europa já começou a baixar. Portanto, correr com 13 graus serve, também, de preparação para Atenas, pois a temperatura lá, em novembro, provavelmente, será inferior a esta.
Somente no dia seguinte é que saí para turistar. Viena tem uma história cultural muito interessante. Como, no passado, ela já foi capital de três grandes impérios (Romano-Germânico, Austríaco e Austro-Húngaro), este status de cidade imperial contribuiu para ela crescer muito, culturalmente falando.
Um exemplo disso, foram os músicos famosíssimos que por aqui passaram, entre eles, Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms e Strauss. Além disso, muitos pensadores e políticos importantes como Freud, Trotsky, Stalin, Tito, Hitler, também se fizeram presentes por aqui, principalmente, no início do século XX, com a cultura dos "cafés" na cidade! Alguns para produzir obras e, outros, até mesmo para morar.
Comecei meus passeios pelo belíssimo Palácio de Belvedere, com seus jardins e fontes à Versalhes, na França. Nele, estão expostas a maior parte das obras de Gustav Klint, famoso pintor austríaco.
Antes do museu principal denominado Belvedere Superior (Upper Belvedere), passa-se por lindas fontes e pelo Belvedere Inferior (Lower Belvedere), sendo que, neste último, as exposições são temporárias.
Além da "beleza" cultural, Viena também surpreendeu-me pela beleza física. São lindas estátuas expostas e diversas fontes espalhadas pela cidade, como esta, a qual o arco-íris deu um colorido todo especial.
Outro local que visitei foi a Igreja de São Carlos Barromeu (Karlskirche, em alemão). Ah! Um detalhe: o idioma falado na Áustria é o alemão. Em relação a esta igreja, construída em estilo barroco, a história dela é muito linda, pois foi uma promessa feita pelo Imperador Carlos VI, durante uma epidemia ocorrida no século XVII.
Ele prometeu construir um templo dedicado a São Carlos Borromeu, padroeiro da luta contra a peste, se a cidade ficasse livre da epidemia. E assim foi feito! Promessa feita... promessa cumprida!
As duas colunas, inspiradas na Coluna de Trajano de Roma, com uma decoração em espiral representando cenas da vida de São Carlos Borromeu, são destaques do exterior da igreja.
No lago artificial em frente à igreja, existe uma bela escultura exposta, a qual não consegui identificar o nome e o significado.
Outro ponto turístico famoso que visitei foi a Torre do Danúbio de Viena (Donauturmwien). Com 252 metros de altura, ela é a 64ª torre mais alta do mundo!
Olhando lá de baixo, o local onde está localizado o restaurante giratório e o observatório, parece minúsculo, pois são 155 metros de altura para se chegar até lá. No entanto, a subida é feito em um elevador rapidíssimo que "demora" apenas 35 segundos!
Não preciso nem dizer que, no alto, a vista panorâmica de Viena é sensacional. De lá, é possível se ver o rio Danúbio "cortando" a cidade e alguns "arranha-céus" de uma parte da cidade.
Ah! Como era final de tarde, para embelezar mais a vista, ainda teve o espetáculo de um belíssimo por do sol!
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