Áustria - Viena
Parte II - Ainda sobre as "riquezas" de Viena...
Viena - Parte II
Antes de comentar sobre os outros passeios que eu fiz aqui, gostaria de lembrá-los que Viena foi eleita pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), como a melhor cidade do mundo para se viver, desbancando a cidade austrialiana de Melbourne, que liderava o ranking há sete anos.
O ranking considera fatores como criminalidade, infraestrutura de transporte, acesso à educação e saúde, assim como estabilidade política e econômica. Portanto, além da cidade ser rica culturalmente, ainda possui todos esses outros "atributos", os quais a tornam ainda mais interessante.
Como aqui não faltam pontos turísticos para se visitar, na sequência dos meus passeios fui visitar o famoso Palácio Holfburg, o qual, durante mais de 500 anos, foi a residência oficial da família Habsburgo, uma das mais importantes e influentes da história da Europa, desde o XIII até o século XX.
Ele é um conjunto arquitetônico enorme com vários locais e ambientes, entre eles: parque, jardins, cafés, antigos aposentos reais, vários museus, capela e igreja.
No dia da minha visita ao palácio, uma das paredes laterais já estava decorada em homenagem a campanha internacional de sensibilização da população em relação ao câncer de mama, movimento denominado "Outubro Rosa".
Dentro do palácio, existe o Museu Sissi (Sisi Museum). Uma homenagem à Elizabeth da Áustria, conhecida no meio familiar, e por inúmeros admiradores, como Sissi.
Seus rompantes depressivos, o amor à poesia, à moda e à beleza, além de seu trágico fim em Genebra (local onde foi assassinada), a transformaram em um mito em vida e um perfeito ícone do drama de uma mulher que tinha tudo e, ao mesmo tempo, nada.
Na exposição, é possível se ver diversos objetos, entre eles, alguns vestidos, retratos e muitos outros pertences dela.
Outro local famoso que visitei foi a Catedral de São Estevão (Stephansdom), popularmente conhecida como a Catedral de Viena. Situada em Stephansplatz, em pleno coração da cidade, ela é o símbolo religioso mais importante de Viena.
Na parte exterior, seus destaques são uma grande torre em estilo gótico, em forma de agulha, com 137 metros de altura e o seu telhado multicolorido, formado por mais de 250 mil azulejos!
No interior, os destaques são a nave central, as capelas laterais e o coro, todos em estilo gótico. Aqui, além de estarem abrigados os restos mortais de grande parte dos membros da família Habsburgo, também foi o local do casamento e, posterioriormente, funeral do grande compositor clássico Mozart.
Após visitar a catedral, segui pela rua Kärnter Strasse até chegar na famosa Ópera de Viena. Afinal, não podemos esquecer que Viena é a capital mundial da música e, como comentei no post anterior sobre a cidade, vários compositores austríacos deixaram seus nomes na história da música, entre eles, Mozart, Schubert, Strauss, Mahler e Haydn.
Portanto, um dos locais imperdíveis de se conhecer, tanto para aqueles que gostam de música, e até para aqueles que não gostam, é esta Ópera. O prédio, uma belíssima construção em estilo neorrenascentista, abriu as portas para o público pela primeira vez em 1869.
Um detalhe interessante que eu percebi aqui, é a íncrível quantidade de museus que existe na cidade. Viena tem mais de 100 museus! Certamente, uma grande parte, graças ao seu papel como residência oficial dos antigos imperadores Habsburgos, o que, obviamente, atraiu muitos nobres para cá e, junto com eles, muito dinheiro e admiração, tanto pela cultura como pela história européia.
Portanto, não é à toa que a cidade tem um Bairro ou Quarteirão de Museus (MuseumsQuartier)! São museus de arte antiga, moderna, contemporânea, de história, de ciência, da música. De todo o estilo que se imaginar! O MuseumsQuartier é um dos dez maiores espaços culturais do mundo!
O complexo do MuseumsQuartier, espalhado por uma uma área de 60 mil m², além de possuir instalações para apresentações dos mais diversos gêneros artísticos, possui, também, restaurantes, cafés e lojas instaladas em edifícios que misturam a arquitetura barroca e a moderna.
Entre alguns museus deste bairro, estão o Leopold, que concentra a mais completa coleção da arte austríaca, incluindo obras de Schiele e Klimt; o da Arte Moderna, com coleções de arte contemporânea e o Kunsthalle, com exposições temporárias de fotos, vídeos e arte multimídia.
Os vienenses são muito orgulhosos de seus emblemáticos museus. E não é pra menos, afinal, os acervos contam muito sobre a arte européia.
No outro post sobre Viena, comentamos que muitos pensadores e políticos importantes como Freud, Trotsky, Stalin, Tito, Hitler, também se fizeram presentes por aqui, principalmente, no início do século XX, com a cultura dos "cafés" na cidade, lembram?
Pois esta cultura "implantada" naquela época, continua cada vez mais difundida! São inúmeros "cafés" espalhados pelas ruas, principalmente, no centro da cidade.
Já que estou comentando sobre "cafés", não poderia deixar de comentar sobre tortas e, em especial, sobre uma delas, a torta Sacher (Sachertorte), uma das sobremesas típicas de Viena. Normalmente, nos meus posts eu não comento sobre gastronomia, mas neste vou abrir uma exceção.
Essa é uma torta de chocolate recheada com uma fina cobertura de geléia de damasco e, no acabamento, a cobertura de chocolate. Tradicionalmente, ele é servida com chantilly ao lado. Como já tinha realizado todas as minhas visitas do dia, sentei para descansar no café do Hotel Sacher (que possui várias mesas em frente ao prédio) e, é claro, saborear a autêntica torta Sacher! Uma delícia! Não preciso nem dizer que adoro torta de chocolate, não é?
A história da origem desta torta é muito interessante! O príncipe Metternich pediu para seus cozinheiros criarem uma sobremesa. Como o cozinheiro principal estava doente, o aprendiz, Franz Sacher assumiu a função e a criou.
Quarenta anos depois, o filho do criador da torta fundou o Hotel Sacher. Hoje em dia, existem filas intermináveis no hotel para degustar a famosa torta.
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