Bielorrússia - Minsk
A última ditadura da Europa
Minsk
Parti(*) de Moscou, no batimóvel, em direção à Minsk, capital da Bielorrússia, distante 718 quilômetros. Conhecida como a "Rússia Branca", ela é uma das quinze ex-repúblicas que emergiram após a dissolução da União Soviética, em 1991.
(*)Parti, na primeira pessoa do singular, pois, por motivos particulares, viajarei sozinho até a Grécia. Aliás, sozinho não, eu e Deus.
Como eu teria que ficar por estas "bandas" até o dia 28/08/2018 (para atender o prazo do Acordo de Schengen), decidi passar a última semana neste país. Assim, quando acabar este prazo, retornarei a viajar por mais três meses, dentro da jurisdição dos países do acordo.
Alguns nomes de países nós ouvimos pouquíssimas vezes e, Bielorrússia, é um deles. Lembro-me de ouvir este nome nos últimos Jogos Olímpicos realizados no Brasil, em 2006, no momento em que a delegação deste país foi anunciada.
Ah! Enquanto todos os países europeus são democracias consolidadas, ou estão caminhando para ser, a Bielorrússia é uma ditadura de fato! Ela é governada a mãos de ferro pelo ditador Aleksandr Lukashenko, que está no poder desde 1.994! Isto mesmo! Este é o porquê do país ser chamado de "A última ditadura da Europa"!
Depois de quase 500 km rodados, atravessei a fronteira e pernoitei em um posto de combustível. No dia seguinte estava chegando à Minsk, a capital do país.
Eu havia lido uma reportagem que este país, por causa da sua localização, ou seja, de um lado a Rússia e, de outro, países europeus, vive um dilema: ser leste ou ser oeste? Embora ainda mantenha fortes vínculos com a Rússia, ele está sendo fortemente influenciado pela Europa, justamente, por causa da proximidade.
E o reflexo desta indecisão é vísivel na sua bela capital, Minsk, uma cidade dinâmica, com infra-estrutura bem desenvolvida. Existem prédios de vanguarda líndissimos, como o da biblioteca, contrastando com outros em estilo "stalinista", ou seja, grandes prédios de concreto, normalmente, quadrados.
Com uma arquitetura moderna, formada por oito triângulos e dezoito quadrados espelhados, o exterior da Biblioteca Nacional da Bielorrúsia é lindo! Mas não é só o exterior, não! Com 22 andares e cerca de 9 milhões de itens, o interior também não fica atrás... parece um shoping center!
À noite, então, o prédio se transforma em um verdadeiro espetáculo de luzes!
Para completar, no complexo bibliotecário existe uma plataforma. Ela fica localizada no 23º andar. Confesso que tive que fazer um "sacrifício" para chegar lá, pois grandes alturas não me atraem muito, ou melhor, não me atraem nada.
Mas valeu a pena! Lá de cima, a vista da cidade é espetacular!
Outro local que visitei, e que embora esteja em reforma, continua lindo, foi a Church of Saints Simon and Helena (Igreja dos Santos Simão e Helena). Esta igreja católica, localizada na principal praça de Minsk, também é conhecida como Igreja Vermelha.
Antes de cruzar a avenida para chegar nela, um fato interessante que percebi foi a passagem nos semáforos. Embora existam faixas de pedestres, aqui em Minsk, nos principais cruzamentos, os pedestres passam por um tipo de "galeria subterrânea" para chegar no outro lado das largas avenidas. Estas "galerias" além de serem muito bonitas, são extremamente limpas!
No outro dia fui passear no lago. De lá, é possível termos uma vista parcial da parte nova da cidade. Além de bonito, o lugar é supertranquilo e ótimo para descansar.
Outro ponto famoso aqui em Minsk é o Museu da Grande Guerra Patriótica. Interessante que os soviéticos, diferentemente de nós, não chamam de Segunda Guerra Mundial e, sim, de Grande Guerra Patriótica.