Hungria - Budapeste
Parte I - As belezas de Peste
Parte I - Peste
Após visitar Viena, a capital da Áustria, meu próximo destino foi Budapeste, a capital da Hungria, distante 243 km. Confesso que algumas cidades despertam-me um certa curiosidade e, Budapeste, era uma delas. Assim, nas pausas da viagem, fui ler sobre a origem da cidade e, consequentemente, sobre o nome dela. Na verdade, Budapeste surgiu da unificação de três cidades distintas, localizadas às margens do rio Danúbio.
De um lado, às margens direita do rio, ficavam Buda e Ôbuda, localizadas na parte montanhosa. Como neste lado vivia a nobreza, esta parte é repleta de casarões e construções medievais. Do outro lado está Peste, que é mais nova em relação as outras duas, e fica localizada na parte mais plana. Nela, vive a maior parte da população e é onde estão localizados os edifícios institucionais.
Budapeste foi uma cidade que me impressionou por ter uma história cultural muito rica, monumentos deslumbrantes, além, é claro, da beleza do rio Danúbio.
Como estacionei o motorhome em Peste, neste post vou escrever apenas sobre ela. Muito próximo do local onde eu fiquei, está localizada a Praça dos Heróis e, dentro dela, o Monumento Milenário, um dos pontos turísticos da cidade.
Ele é composto de uma sequência de colunas e estátuas de grandes personalidades da história húngara, sendo que, no centro, existe um obelisco com a imagem do Anjo Gabriel e, aos seus pés, os sete líderes das tribos magiares ou húngaras, como queiram, que fundaram a Hungria.
Ao lado da praça, está localizado o belíssimo Castelo de Vadjahunyad, um dos mais românticos do país. Como muitos outros grandes prédios de Budapeste, ele foi construído para a Exposição do Milênio da Hungria, em 1896. Atualmente, ele abriga o maior museu de agricultura da Europa.
Além do seu exterior, por dentro, o castelo também é muito bonito! Ele tem uma escada de mármore, pilares entalhados, lustres de cristal e janelas com vitrais.
Como ao lado da praça existe uma estação de metrô chamada Hosok Here, comprei o tíquete para ir em direção ao famoso Parlamento húngaro, que fica localizado no centro de Peste.
No entanto, antes, tive que sacar algumas notas da moeda húngara, denominada florim. Fiquei quase "milionário", pois cada real equivale a 73 florins. Pura ilusão... para comprar duas dúzias de ovos, gasta-se quase 1.000 florins.
A fachada neogótica do Parlamento, impressiona pela beleza e dimensão. Ele é o maior edifício do país com 268 metros de comprimento, 96 metros de altura (considerando a cúpula) e possui 691 salas. Além de ser o terceiro maior parlamento do mundo, ele é um verdadeiro ícone da capital húngara.
Passando um pouco o parlamento, está o Memorial "Sapatos às Margens do Danúbio" (Shoes on the Danube Bank). Ele é um dos registros que contam um pouco dos tristes episódios da história húngara e que faz com que a memória nunca se apague, principalmente em relação aos abusos, mal-tratos e desumanidade sofridos pelos húngaros durante a Segunda Guerra Mundial.
O monumento foi idealizado pelo cineasta Can Togay e a artista que a produziu foi a escultora Gyula Pauer, ambos húngaros e nascidos em Budapeste.
São esculturas de ferro, de vários pares de sapatos, tanto de adultos como de crianças, em homenagem aos judeus, os quais, antes de serem fuzilados pelos nazistas (e terem seus corpos jogados nas correntezas do rio Danúbio), eram forçados a retirarem os sapatos, os quais, naquela época, eram considerados bens de valor.
Ainda às margens do rio Danúbio, na praça Vigadó, sentada nas grades dos trilhos do tram, encontra-se a estátua da Pequena Princesa (Little Princess Statue), uma obra do artista László Marton.
A estátua, que é um dos símbolos de Budapeste, como não tem identificação, às vezes, costuma ser confundida com um bobo da corte.
Oficialmente, ela foi inspirada na filha do artista, que costumava brincar de princesa usando um roupão de banho nos ombros para simular o manto real e uma coroa feita de jornal.
Mas, segundo a lenda, ela nunca quis ser princesa e, muito menos, rainha. Ela usava as roupas do irmão, porque queria mesmo era ser rei quando crescesse. Além disso, também segundo a lenda, quem esfregar as mãos em seus joelhos, terá sorte e realização pessoal.
Ao lado dela, outra das tantas estátuas existentes em Budapeste: a Menina e o Cachorro. Assinada pelo artista Dávid Raffay, ela é uma escultura de uma jovem brincando de bola com um cão. A imagem transmite, muito bem, a ideia do movimento da brincadeira e do carinho entre a menina e seu amigo canino!
Por fim, fui visitar a bela Ilha Margarida, localizada entre o rio Danúbio e composta uma grande área de lazer, bem no centro da cidade.
No centro dela, existe um monumento em homenagem a unificação das cidades de Buda, Ôbuda e Peste, as quais originaram Budapeste. Lá, é possível se ver, de perto, como é a rotina de quem vive na capital da Hungria.
Ah! A ilha possui uma pista de 5,3 km, com amortecimento para absorver o impacto das passadas. Coisa de primeiro mundo! É claro que eu aproveitei para fazer um treino para testá-la. Foram 20 km preparatórios para a maratona de Atenas, em novembro. Aprovei! A pista é sensacional!
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Abaixo, na Galeria, mais fotos de Peste:
1. Estátua em uma das estações do metrô;
2. Vista do Parlamento de Budapeste.