Itália - Verona
A cidade de Romeu e Julieta!
Verona
Ainda estamos no norte da Itália, mas, depois de visitarmos Milão, que fica na região da Lombardia, viajamos 160 km, e viemos para Verona, que pertence a região de Veneto.
Verona, para quem não sabe (e nós éramos um deles), ficou mundialmente famosa por ter sido o palco da trágica história de amor entre Romeu e Julieta, que foi imortalizada por William Shakespeare.
Outro detalhe que desconhecíamos, é que Verona também é conhecida como La Piccola Roma (A Pequena Roma), por causa dos grandes monumentos, dos períodos romano e medieval, que existem aqui.
Logo que entramos na cidade nos deparamos com uma estátua gigante de um faraó. Achamos estranho, pois, pelo que tínhamos lido sobre a história local, não havia nenhum vínculo com o Egito.
No entanto, depois ficamos sabendo, que se tratava de uma exposição que havia ocorrido na cidade, em homenagem à cultura egípcia.
Como chegamos em um domingo, foi fácil encontrarmos um local para estacionarmos o batimóvel, no entanto, nossa preocupação era com a segurança, pois, na cidade anterior (Milão), ele havia sido assaltado.
Iniciamos nosso passeio e, em menos de 10 minutos, chegamos à Piazza Brà, a praça central. Lá, entre outras lindas construções, está aquela que é considerada o cartão-postal de Verona: a Arena.
Ele é o terceiro maior anfiteatro do mundo e, embora tenha sido construído no ano 30 a.C., encontra-se em melhor estado de conservação do que o Coliseu de Roma, pois, ainda acolhe milhares de espectadores durante os concertos e as óperas.
A conservação do anfiteatro deve-se, sobretudo, ao imperador Gallieno que, em 265 d.C., o cercou com muralhas, para protegê-lo das invasões bárbaras.
Seguimos nosso passeio em direção a Via Capello 23. Lá, é que está localizada a suposta casa onde morou Julieta e, nela, é claro, a famosa sacada onde ela ficava escutando as juras de amor de Romeu.
A casa de Julieta foi construída no século XIII. Entre os principais destaques da casa, estão: a famosa sacada onde Julieta ouvia as declaracões de amor de Romeu e a estátua de bronze dela, feita pelo escultor Nereo Costantini.
O romance sobre dois adolescentes, cuja morte acabou unindo as famílias Capuleto (Julieta) e Montéquio (Romeu), outrora em pé de guerra, tem sido, durante mais de cinco séculos, adaptado nos infinitos campos e áreas do teatro, cinema, música e literatura.
Embora para muitos, esse romance não passe de apenas uma peça de teatro, há quem diga que ele tem um fundo de verdade e teria acontecido nos primeiros anos do século XIV.
Mas, não pensem que é fácil chegar no local onde está a Julieta! É dificílimo! São centenas de pessoas, querendo tocar em seu corpo e, principalmente, no seu seio direito. Provavelmente, por causa da lenda...
Reza a lenda que, todos aqueles que tocarem o seio direito dela, terão sorte no amor e na vida. Por via das dúvidas, preferimos tocar juntos, para aumentar as probabilidades.
Na entrada e na saída da casa, foi necessário cruzarmos um pequeno corredor. Nas paredes dele, os apaixonados que passam por ali, costumam deixar bilhetinhos de amor colados.
Em relação a eles, existe outra lenda que diz que, se você deixar o seu bilhetinho, o amor florescerá, assim como o dos namorados Romeu e Julieta.
Em clima de romantismo, fomos conhecer a Torre dei Lamberti. Construída com tufos, mármores e tijolos, ela possui mais de 84 metros de altura.
No alto da torre, existe dois sinos, sendo que o primeiro, o Rengo, servia de alerta nos casos de incêndio e, o segundo, a Marangona, servia para convocar os cidadãos à luta.
Na sequencia, fomos conhecer a igreja de Santa Anastácia, que é a maior basílica da cidade. Ela foi construída em homenagem ao dominicano San Pietro da Verona.
Como a cidade é pequena, continuamos caminhando, até chegarmos à Ponte Piedra (Ponte de Pedra) que, assim como a Ponte Scaligero, também dá acesso ao Castelo Velho (Castelvechio).
A Ponte Pietra é uma ponte em arco romano que cruza o rio Adige e foi concluída em 100 aC. Ela é a ponte mais antiga de Verona.
Após cruzarmos a ponte, pegamos o funicular para subirmos até o alto do Castelo Velho (Castelvechio), o maior edifício público medieval de Verona.
Lá, atualmente, funciona um museu. Ele foi construído às margens do rio para defender a cidade e servir como rota de fuga.
Lá, do alto do castelo, que está em reforma e, portanto, não podemos visitá-lo, se tem uma belíssima vista panorâmica da cidade de Verona, incluisive, das três principais pontes que foram construídas sobre o rio Adige.
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