Polônia - Varsóvia

Parte I - A belíssima "Cidade Velha"

Varsóvia - Parte I

Depois de atravessar a fronteira da Lituânia com a Polônia, percorri em torno de 300 km, até chegar à capital, Varsóvia. Como era quase no início da noite, apenas estacionei o motorhome para, no dia seguinte, visitar os principais pontos turísticos da cidade.

Varsóvia já viveu dias cinzentos. Quem assistiu aos filmes "O Pianista", de Roman Polanski e "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, pode ter uma idéia do que esta cidade já passou.

Invadida pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial, ela teve mais de 85% de seu território devastado. Mas os poloneses merecem ser aplaudidos de pé, pois, em poucas décadas, eles reergueram a cidade!  

Um exemplo disso? A Cidade Velha (Stare Miasto, em polônes), local de maior concentração de turistas e, é claro, do meu primeiro passeio. Tudo aqui foi reconstruído, tijolo por tijolo, para ficar exatamente como era no século XVII. E ficou reconstruído com tamanha fidelidade, que foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO.  

Existe uma rota muita famosa aqui em Varsóvia, denominada "Rota Real", que era o percurso que os reis faziam quando deixavam as residências de inverno, para se dirigirem aos seus palácios de verão. Ela começa justamente aqui na Praça do Castelo (Plac Zamkowy), na Cidade Velha, e termina na Zona Wilanow.

Logo na entrada da praça, está localizado o Castelo Real de Varsóvia, um antigo palácio real que foi um símbolo da soberania e da história polaca.

Este castelo foi totalmente destruído pelos nazistas e reconstruído durante o regime comunista, utilizando os pedaços que puderam ser aproveitados. Hoje ele funciona como museu.

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Castelo Real de Varsóvia

Em frente ao castelo, como vocês podem ver, existe uma coluna imensa com uma estátua no alto. É a Coluna de Sigismundo (Coluna de Zygmunt, em polonês). É o monumento laico, ou seja, que não pertence a nenhuma religião, mais alto da cidade.

A coluna e a estátua homenageiam o Rei Zygmunt III Waza, que transferiu a capital da Polônia, de Cracóvia para Varsóvia

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Estátua do Rei Sigismundo, em Varsóvia

polonia-varsovia-castelo-real-eu-site-1.jpgVista lateral do castelo

Ao lado do castelo, está localizada a torre do Taras Widokowy. Subi as escadarias até o terraço. De lá, além de ver toda a Praça do Castelo, também se tem uma vista linda da cidade, incluindo o rio Vístula Estádio Nacional.

polonia-varsovia-torre-e-castelo-site.jpgTorre do Taras Widokowy

polonia-varsovia-torre-ponte-site.jpgVista parcial da cidade e do rio Vístula

polonia-varsovia-torre-outro-lado-site.jpgVista da cidade, incluindo o Estádio Nacional

Após descer da torre, fui visitar a famosa Igreja de Santa Ana. Com sua fachada neoclássia, esta igreja que foi construída no século XVII, com o passar dos anos foi se transformando e, hoje, é a mais bem decorada da cidade!

Um fato interessante em relação a esta igreja é que ela, miraculosamente, sobreviveu sem grandes danos, aos bombardeamentos da Segunda Guerra Mundial.

Quando passei por lá, estava tendo uma missa. Com detalhes no estilo barroco, o altar é um dos destaques da igreja. Ah! Cabe ressaltar que a religião predominante aqui na Polônia é a católica, com quase 90% de fiéis e, portanto, existem inúmeras igrejas.

polonia-varsovia-igreja-santa-ana-exterior.jpgExterior da Igreja Santa Ana, em Varsóvia

polonia-varsovia-igreja-santa-ana-interior-site.jpgBelíssimo interior da Igreja Santa Ana, em Varsóvia

A Polônia, como vocês sabem, é o país do famoso pianista e compositor Frédéric Chopin. Para homenageá-lo, em 2010, ano do bicentenário de seu nascimento, foi inaugurado um museu ultramoderno, com equipamentos audiovisuais e interativos de alta tecnologia. O acervo tem a maior coleção de objetos relacionados ao compositor.

polonia-varsovia-chopin-museu-site.jpgMuseu de Chopin, em Varsóvia

Mas não é apenas o museu que o homenageia. Existe um outro fato superinteressante: muitos bancos das ruas da cidade, tocam suas músicas.

Eles não servem apenas para as pessoas sentarem e descansarem. Existe um botão play que, ao ser apertado, o banco começa a tocar músicas clássicas do famoso pianista.

Isto mesmo! Eles estão espalhados por toda a cidade, mas, em maior quantidade, na avenida Krakowskie Przedmiescie, a mais importante da capital. Cada banco toca uma música diferente.

polonia-varsovia-chopin-bancos-site.jpgBancos que "tocam" músicas de Chopin

Um dos principais símbolos de Varsóvia, se não o principal, é uma sereia. Existem várias delas, espalhadas pela cidade. Reza a lenda que um pescador chamado Wars salvou uma sereia e acabaram se apaixonando. No entanto, um mercador maléfico a raptou.

Como os pescadores a salvaram, a sereia se tornou humana e passou a se charmar Zawa. Assim, ela, além de se casar com Wars, em gratidão aos pescadores, prometeu proteger a cidade. Desta bela união entre Wars e Zawa, surgiu o nome da cidade... Warszawa, em polônes, a qual nós, falantes do português, chamamos de Varsóvia.

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Sereia Sawa, um dos símbolos de Varsóvia

polonia-varsovia-sereia-perfil-site-1.jpgPerfil da Sereia Sawa, na Praça do Mercado

Ainda na Cidade Velha, encontra-se um dos monumentos mais visitados e, também, mais intrigantes. Trata-se do Pequeno Insurgente (Little Insurgent). As histórias contadas a respeito dele são, no mínimo, interessantes. 

Uma delas é que esta estátua de uma criança vestida com roupas militares, com um enorme capacete na cabeça e segurando um fuzil, representaria todas as crianças e adolescentes que lutaram no Levante de Varsóvia. Sobre este levante, comentaremos no próximo post que será sobre a Cidade Nova (Nowe Miasto, em polônes).  

polonia-varsovia-insurgente-site-3.jpgPerfil do Pequeno Insurgente, em Varsóvia

polonia-varsovia-pequeno-insurgente-site-3.jpgVista frontal do Pequeno Insurgente, em Varsóvia

Outro filho ilustre da Polônia é o astrônomo Nicolau Copérnico. Lembram? Foi ele quem provou, através da Teoria Heliocêntrica, que o Sol era o centro do sistema solar e, não, a Terra. Além do monumento, existe, também, um Centro de Ciências, em homenagem a ele. 

polonia-varsovia-copernico-site.jpgPerfil da estátua de Copérnico, em Varsóvia

polonia-varsovia-copernico-frente-site.jpgCentro de Ciências Copérnico, em Varsóvia

Após visitar esta estátua, desci até o final de uma das principais ruas, a Piwna, para conhecer as famosas muralhas de defesa de Varsóvia, chamadas de Barbacãs. São uma das poucas relíquias remanescentes da complexa rede de fortificações históricas que rodeavam a cidade.

polonia-varsovia-muralhas-site.jpgO que restou das muralhas de Varsóvia

Apenas lembrando, a palavra barbacã signfica um posto avançado fortificado semicircular. As muralhas, além de serem uma grande atração turística, também são o marco que separa a Cidade Velha (Stare Miasto) da Cidade Nova (Nowe Miasto). 

polonia-varsovia-coluna-eu-site.jpgVista parcial da antigas muralhas de Varsóvia

 

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