Portugal - Regiões Centro e de Lisboa
Visitas à Coimbra, Fátima, Óbidos, Lisboa, Cascais, Sintra, Palmela e Setúbal
Regiões Centro e de Lisboa
Coimbra
Na segunda parte da viagem visitamos as cidades da região Centro de Portugal. A primeira que visitamos foi Coimbra, a qual é banhada pelo Rio Mondego. Apenas lembrando, Coimbra, antes de Lisboa, ela foi capital do país e, é claro, é uma cidade historicamente universitária, principalmente, por causa da Universidade de Coimbra, uma das mais antigas da Europa e uma das maiores de Portugal. A universidade está situada no complexo universitário.
Vista da Universidade de Direito, uma das mais antigas da Europa
No complexo, além da Universidade de Direito, existem outras inúmeras faculdades, entre as quais, a de Medicina.
Faculdade de Medicina, em Coimbra
Pelas margens do Rio Mondego é possível avistar, no alto, os prédios históricos da parte antiga da cidade, que hoje fazem um lindo contraste com a parte nova, que fica localizada no outro lado da cidade.
Vista parcial do Rio Mondego e, no alto, os prédios históricos de Coimbra
Mas não são apenas universidades, faculdades e prédios históricos que encontramos em Coimbra. Se andarmos sem pressa pelas escadarias, vielas e arcos, poderemos ter o prazer de encontrarmos figuras exóticas, como a dessa escultura. Talvez ela tenha sido a origem da expressão "mulher com corpo de violão".
Linda estátua, localizada na entrada de um dos arcos de Coimbra
Fátima
De Coimbra, viajamos 85 km até Fátima. Desde nossa chegada em Portugal, no dia 27/02, praticamente, tem chovido todos os dias. Mas quando chegamos em Fátima não choveu... caiu uma tempestade! Tivemos que ficar no motorhome, por quase duas horas, esperando a chuva diminuir, pois, parar, não parou.
Mas é claro que uma "chuvinha" não iria nos abalar, principalmente estando em uma cidade como esta. O clima em Fátima “respira” religião. E nem poderia ser diferente. Foi aqui que ocorreram as aparições da Virgem Santíssima aos três pastorinhos!
Na chegada ao Santuário da Santíssima Trindade, no lado direito do complexo de prédios, existe um monumento, muito lindo, em forma de coração, que foi inaugurado em homenagem a visita do Papa Francisco, à cidade, em maio de 2017.
Monumento em homenagem a visita do Papa, à Fátima
O Santuário da Santíssima Trindade é, sem dúvida, o local na cidade onde existe a maior concentração de peregrinos do mundo todo. É claro que existem outros pontos, mas nem se comparam com ele.
Vista da parte dos fundos da Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima
O Santuário tem dimensões gigantescas! Quem quiser visitar todo o complexo religioso, composto da igreja, da basílica e de outros prédios menores, terá que ter disposição para caminhar, caminhar e ... caminhar, durante um bom tempo, para conseguir visitar todos os prédios que o compõe.
Mas a estrela máxima é, sem dúvida, a Igreja da Santíssima Trindade. Ela possui capacidade para, quase, 9.000 pessoas... sentadas! O adjetivo imenso é pequeno para descrevê-la. Outro ponto positivo a ressaltar é a limpeza. O local é extremamente limpo!
Belíssimo interior da Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima
Óbidos "A maravilha de Portugal"
De Fátima, descemos mais 90 km em direção à Óbidos. Óbidos é uma pequena vila medieval, cercada por uma muralha feita pelos mouros. É difícil não se encantar por esta romântica vila, com suas vielas estreitas, coloridas e suas pequenas casas repletas de azulejos. Afinal, a história dela começa por uma prova de amor! Dom Dinis a deu de presente para sua esposa, Dona Isabel. Será que ele gostava realmente dela? Queres uma prova de amor maior do que esta?
Óbidos e suas vielas coloridas
A gigantesca muralha, cercando toda a vila, é um dos principais, se não o maior, ponto turístico de Óbidos. Do alto de uma das suas torres é possível visualizarmos o tamanho das pedras e termos uma noção da extensão dela.
As famosas muralhas feitas pelos mouros, em Óbidos
Outro ponto turístico que quem vai a Óbidos não pode deixar de conhecer, são seus arcos gigantescos em altura e com extensão a "perder de vista". No entanto, eles não ficam dentro da vila e, sim, na parte externa, cruzando a principal pista de acesso à cidade.
Óbidos e seus arcos gigantes na altura e extensos no comprimento
Lisboa
De Óbidos retornamos à Lisboa, percorrendo, aproximadamente, 95 km. Só que, desta vez, em uma situação bem diferente da nossa primeira passagem, a dez dias atrás, por esta capital. Naquela primeira semana, nossas prioridades eram outras, entre elas, a emissão de documentos para aquisição do motorhome. Ainda bem que esta fase passou e já compramos nossa “casa” e nosso “carro”.
Agora foi apenas para resolver pequenos assuntos bancários e, é claro, seguirmos em direção ao sul, conforme nosso itinerário, para, depois, atravessarmos a fronteira com a Espanha.
Mas como chegamos aqui na sexta à tarde e resolvemos rapidamente os assuntos que precisávamos resolver, aproveitamos o final de semana, mesmo chuvoso para conhecermos alguns pontos turísticos que tínhamos interesse em conhecer nesta capital.
Lisboa, por alguns fatores, entre eles, o idioma e o baixo custo de vida, em relação a outros países europeus, acaba atraindo pessoas do mundo inteiro para fixarem residência aqui e, alguns, entre eles, estudantes, inclusive do Brasil, para morarem temporariamente, até obterem uma formação e serem diplomados, em uma de suas tantas faculdades e universidades. Aqui é uma verdadeira "Torre de Babel", ou seja, pessoas do mundo todo, falando inúmeros idiomas!
O primeiro local que visitamos foi o Museu Calouste Gulbenkian, o qual consta, como um dos destaques de Portugal, no livro “1.000 lugares para conhecer antes de morrer”, de Patrícia Schultz. Realmente, o museu é muito interessante, não só pelo tamanho, pois ocupa um quarteirão da cidade, mas, evidentemente, pelas suas principais atrações que são duas coleções, a do Fundador, considerada a Clássica e outra, a Moderna, além, é claro, de uma extensa programação de exposições temporárias.
Confesso que não sou um frequentador assíduo de museus, mas como se tratava de um ponto turístico imperdivel de ser visitado, como o sábado estava chuvoso e já estávamos aqui, lá fomos nós visitá-lo. Mas, para minha surpresa, a visita até que foi bem interessante! Principalmente, no prédio das obras clássicas. Lá encontram-se obras de pintores e escultures que eu só havia tido contato com seus nomes em livros, como Rembrant e Rodin, por exemplo.
Jean-D'Aire, Burguês de Calais, obra de Rodin
Entre as inúmeras outras obras de arte expostas, encontram-se móveis e jarros, de diversas civilizações, como a egípcia e a grega, por exemplo.
Par de armários de André-Charles Boulle, expostos no Museu Calouste Gulbenkian
Vasos gregos expostos no Museu Calouste Gulbenkian
Além do museu, outra visita que fizemos foi ao monumento denominado Padrão dos Descobrimentos, localizado à margem direita do Rio Tejo, esculpido em forma de caravela. Lá foi o ponto de partida das caravelas Santa Maria, Pinta e Nina em direção à nossa "terrinha", para, como vocês já sabem, descobrirem o Brasil.
Monumento Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa
É claro que não poderíamos deixar de visitar a famosa Torre de Belém que, se não é o ponto turístico mais visitado de Lisboa, provavelmente disputa a liderança com os outros principais pontos, de igual para igual.
Famosa Torre de Belém, em Lisboa
Muito próximo da torre, encontra-se uma casa centenária, denominada a “Única Fábrica de Pastéis de Belém”, que vende os legítimos pastéis de Belém. Lá, segundo os nativos, são vendidos os melhores pasteizinhos de Belém, de Portugal! Tivemos a oportunidade de saboreá-los... realmente são muito deliciosos! Quando tiverem a oportunidade de virem aqui, não deixem de visitá-lá.
Saboreando os deliciosos pasteizinhos, acompanhado do saboroso vinho do Porto
Aproveitamos, ainda, para visitar outro ponto turístico famoso de Lisboa que é o Mosteiro dos Jerónimos, o qual foi considerado pela UNESCO como "Patrimônio Cultural de Toda a Humanidade."
Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa
Por fim, foi aqui, em Lisboa, ao lado da Torre de Belém, que realizei meu primeiro treino na Europa. Já estávamos aqui, a quase vinte dias e eu ainda não havia treinado. Como tínhamos estacionado o motorhome bem perto da torre e no domingo de manhã a chuva deu uma pausa, não tive desculpas para não treinar.
Primeiro treino na Europa, em Lisboa, próximo da Torre de Belém
Ah! Estamos felizes! Já visitamos nosso ponto turístico de destaque do primeiro país do itinerário! O que significa isto?
É o seguinte: quando criamos o site, inserimos uma foto do principal ponto turístico que gostaríamos de visitar em cada país.
No caso de Portugal, esse ponto turístico era a Torre de Belém. Como já a visitamos, substituímos a foto inserida no site sem a logomarca, pela nossa atualizada, inclusive com a marca d’água do projeto.
Cascais
De Lisboa partimos para Cascais, distante, aproximadamente, 31 km. Situada entre o mar e a Serra de Sintra, Cascais passou, de uma vila de pescadores por retiro da monarquia, até chegar a um ponto de renome nacional e internacional, no turismo de Portugal.
Por ser uma cidade litorânea, um dos seus principais pontos turísticos é a Boca do Inferno. O local, realmente, até parece ter uma “boca” já, quanto ao inferno, seria por causa do tremendo e assustador impacto das águas nas falésias, ou seja, nos paredões íngremes encontrados nos litorais.
Mas, segundo a lenda, existiu um homem influente e com poderes mágicos maléficos, que teria se apaixonado por uma linda jovem, a qual não correspondeu seu amor e, como castigo, foi aprisionada em uma torre próxima do mar, tendo sido destacado para vigiá-la, um fiel cavaleiro, que nunca a tinha visto.
É claro que o cavaleiro e a jovem acabaram ficando juntos e fugiram montados em um cavalo. Mas, veio a maldição... uma tempestade terrível! A fúria foi tão grande que os rochedos se abriram e engoliram cavalo e os jovens amantes.
A tempestade se acalmou, mas os rochedos nunca mais se fecharam e, depois, disso, passaram a se chamar Boca do Inferno.
Boca do Inferno, falésias localizadas no litoral entre Cascais e Sintra
Além desse ponto turístico, um outro, que visitamos e que pensamos pertencer à Cascais, por causa da proximidade, mas, na verdade, pertence à Sintra, foi o Cabo da Roca, que é a ponta mais ocidental do Continente Europeu.
Cabo da Roca, a ponta mais ocidental do Continente Europeu
O cabo foi descrito por Camões, no famoso livro "Os Lusíadas", como: "Eis aqui, quase cume da cabeça de Europa toda, o Reino Lusitano, onde a terra se acaba, e o mar começa, esta é a ditosa Pátria, minha amada.”
Do alto do rochedo, a vista é sensacional, mas, para quem tem medo de altura, dá um certo “friozinho na barriga”, por causa da altura, evidentemente, mas, também, por causa dos fortes ventos.
Vista do topo do rochedo do Cabo da Roca
Sintra
De Cascais, percorremos, em torno, de 20 km, até chegarmos em Sintra. Assim como outros sítios, entenda-se lugares ou cidades, os quais já visitamos, Sintra também se divide em duas partes: a antiga e a nova. É claro que os turistas e os viajantes, que é o nosso caso, optam por conhecer à Sintra antiga. Ah! Talvez em uma outra matéria abordaremos as diferenças entre turistas e viajantes, mas, para destacar apenas uma: turistas usam malas de rodinhas, viajantes, não.
Mas voltando à Sintra, ela foi a cidade preferida da monarquia. Era prá cá que o rei e seus súditos viam passar os finais de semanas e, é claro, fazer suas "festinhas particulares". A parte antiga é realmente muito bonita e repleta de igrejas... e palácios! Se Braga é a campeã portuguesa de igrejas, por metro quadrado, a probabilidade de Sintra ser a campeã de palácios, é enorme! Para qualquer lado que olharmos, é possível visualizarmos um palácio.
Palácio Nacional de Sintra, na cidade de mesmo nome
Outro lugar muito visitado pelos turistas e interessante de se conhecer é a Quinta da Regaleira, ou seja, recordando, quinta, para nós, é sinônimo de sítio. O lugar possui grutas, lagos, cascatas, santuários, um palácio e construções enigmáticas, que dizem estar ligados à Maçonaria, aos Cavaleiros Templários e a Alquimia. Além disso possui um conjunto de galerias subterrâneas que ligam alguns monumentos entre si.
Quinta da Regaleira, em Sintra
Mas além de palácios, igrejas e quintas senhoriais, em Sintra, não poderiam deixar de faltar os castelos, não é? Existem dois que se destacam pela arquitetura, beleza e localização: o da Pena e o de Sintra, que, popularmente, é chamado de Castelo dos Mouros. Este último foi construído pelos árabes e tomado aos mouros pelo rei de Portugal, à epoca, Dom Afonso Henriques. Ele já foi o castelo mais importante do país e, durante as cruzadas, passou para a mão dos cristãos e da Coroa portuguesa.
O inacreditável são a localização e a arquitetura deste castelo. No alto da serra, com vistas privilegiadas do Rio Tejo, que se desdobram até o Oceano Atlântico, foi totalmente construído com pedras gigantescas, ficando quase impossível imaginar como foram colocadas no alto daquela serra.
Vista lateral, quase área, do Castelo dos Mouros, em Sintra
Vista aérea da Sintra antiga, do alto do Castelo dos Mouros
Setúbal "A cidade do peixe"
Percorremos mais 77 km de Sintra, com uma passagem super rápida em Estoril, até chegarmos em Setúbal, que foi a última cidade da região de Lisboa que visitamos. Depois, nossa intenção será descermos para a região do Alentejo.
Mas antes de chegarmos à Setúbal, chegamos em Azeitão, uma simpática cidadezinha onde se encontra a Quinta e o Palácio da Bacalhoa, uma das maiores vinícolas desta região, inclusive um dos vinhos básicos deles, o JP, é exportado para o Brasil. Lá, tivemos a oportunidade de degustar alguns deciosos tipos de vinhos.
Quanto à Setúbal, prá variar, também tem uma parte antiga e uma nova. A parte antiga ainda preserva a porta de entrada da cidade.
Porta de entrada da Setúbal antiga
Ainda em relação à parte histórica, um ponto turístico que tínhamos interesse em conhecer nesta cidade, era a casa e, se possível, aprofundar um pouco o conhecimento sobre a história de um personagem polêmico, discutido e genial que nasceu aqui em Setubal... O famoso Manuel Maria Barbosa du Bucage, popularmente, conhecido como Bocage.
Além da satisfação de conhecermos a casa, o museu e a biblioteca, tivemos o prazer de ser atendidos por um historiador fantástico, denominado Ademar, que sabia tudo e, um pouco mais, sobre este poeta o qual, inclusive, morou alguns anos no Brasil e faleceu aos 40 anos, perante a comoção geral, podendo afirmar, tal como Pablo Neruda o fez mais tarde: “Confesso que vivi!”
Casa do Bocage, em Setúbal
Inscrições com informações e homenagens, na parte frontal da casa do Bocage, em Setúbal.
Inscrições na parte fronta da casa do Bocage, em Setúbal
Periodicamente são feitas exposições em homenagem a este poeta, soldado e aventureiro, coincidentemente, em nossa passagem por aqui, estava ocorrendo uma delas.
Placa referente à exposição em homenagem ao poeta Bocaje
Outros locais famosíssimos aqui em Setúbal, são as ruínas romanas. Mas são apenas dois ou três sítios ou lugares, que são possíveis vê-las. Na verdade, elas são a parte ainda visível de fábricas de preparados de peixes, da época romana.
Em Setúbal, é possível encontrarmos algumas ruínas romanas
Em relação à parte moderna, Setúbal, também se destaca por ser um dos principais pólos de produção de pescados de Portugal, por isso, é claro, seu cognome de "A cidade do peixe", além de ser uma linda cidade litorânea, conforme percebemos dessa visão do antigo miradouro, ou mirante, aí no Brasil.
A linda Setúbal, vista do antigo miradouro ou mirante
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