Portugal - Regiões do Alentejo e do Algarve
Visitas à Évora, Monsaraz e Albufeira
Regiões do Alentejo e do Algarve
Évora
De Setúbal, partimos para a região do Alentejo. A primeira cidadade que visitamos nesta região foi Évora, que fica, aproximadamente, 99 km de distância. Visitar Évora era um sonho antigo e, concretizá-lo, passeando pelas ruas da cidade desta cidade histórica é, certamente, é uma experiência fantástica, pois nos proporcionou a possibilidade de viajar no tempo!
É muito legal estarmos aqui e podermos ver as imponentes muralhas medievais que a circulam e suas vielas calcetadas, como dizem por aqui, ou seja, com calçamento de pedras.
Continuando nosso passeio por esta histórica cidade, fomos àquele que, para nós, era o principal ponto turístico a ser visitado, ou seja, o Templo Romano, muitas vezes, equivocadamente, chamado de Templo de Diana, mas, na verdade, a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII.
Outro ponto que ouvíamos várias sugestões para que visitássemos foram, na verdade, não um, mas dois, pois fisicamente eles estão juntos, ou seja, a Igreja de São Francisco e a Capela dos Ossos. Ela é uma igreja de arquitetura gótico-manuelina e está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima de Portugal.
Ao lado da igreja, está a "sinistra" Capela dos Ossos. Na verdade, a mensagem que os três monges que a criaram pretenderam passar não tem nada de sinistra, mas, sim, de reflexão sobre a transitoriedade das nossas vidas aqui na Terra, e isso, eles deixaram bem claro, no célebre aviso à entrada da capela:
Se o aviso de entrada, na teoria, serve de reflexão, no interior da capela, o que vemos já é a prática, ou seja, todas as paredes e as colunas são repletas de ossos e crânios e, mais, até de dois esqueletos, um de adulto e, outro, de criança.
Segundo a lenda esses esqueletos não foram enterrados devido a "praga" que a mãe rogou para o marido e o filho, pois ela era maltrada pelo filho e o pai não a defendia: "Que a terra de vossas sepulturas não vos desfaça!".
Mas vamos mudar de assunto, para relaxar um pouco, não é mesmo?
No centro da cidade existe a famosa Praça do Giraldo que é composta de inúmeros barzinhos. Os proprietários colocam as mesas no centro da praça para os clientes ficarem à vontade para beberem e saborearem aperitivos e pratos locais.
Por fim, na saída de Évora, encontramos uma brasileira denominada Bianka, proprietária de uma lanchonete, a qual, com muita satisfação, registrou nossa presença frente ao seu estabelecimento.
Monsaraz
Pelo nosso itinerário, depois de Évora seguiríamos para Beja, em direção a região do Algarve, no sul país. No entanto, um fato que já percebemos durante nossa viagem é que a interação com os nativos é de fundamental importância. Eles tem informações e dicas superinteressantes de locais diferentes daqueles considerados famosos, ou seja, dos “pacotes comerciais”, os quais, normalmente, são vendidos para algumas cidades turísticas.
Foi assim que, conversando com um nativo, fomos informados de que, turisticamente falando, seria mais interessante visitarmos Monsaraz do que Beja. Dessa forma, saímos em direção à Beja, mas, depois de rodarmos uns 15 ou 20 km, rumamos em direção à Monsaraz.
No entanto, antes de chegarmos lá, passamos na entrada da freguesia de Telheiro, onde podemos visualizar esta pequena, mas, linda mesquita.
Temos que confessar que a sugestão do nativo foi corretíssima em relação à Monsaraz, pois, embora ainda não conheçamos Beja, a vila que visitamos nos surpreendeu e, muito, positivamente, sendo muito difícil Beja superá-la.
Ela é uma freguesia, ou seja, quase a menor unidade de município para nós, pois, menor do que ela, na hierarquia por quantitativo de habitantes daqui, só mesmo uma aldeia. Assim como Óbidos, ela é uma vila medieval, só que com características totalmente diferentes.
Primeiro porque ela tem uma vista sensacional da magnífica planície Alentejana, ou seja, do Alentejo.
Por falar em castelo, é claro que lá não poderia deixar de existir um. O nome dele é o mesmo da vila, ou seja, Castelo de Monsaraz. Ah! Desde que cheguei aqui em Portugal, praticamente, eu não tenho treinado em lugar nenhum, mas, em compensação, estou pior do que cabrito... o que eu estou subindo de pedras em castelo, quase todos os dias, se tivesse um treinador, certamente, ele iria dispensar-me alguns dias de treinar no asfalto...
Outra diferença de Monsaraz, em relação as outras vilas que visitamos, são as cores das casas. Aqui, as casas das vielas são todas brancas, nada de colorido ou de azulejo.
Do alto do castelo, podemos, também, visualizar o "Batimóvel", devidamente estacionado, acompanhado de alguns motorhomes, cujos próprietários constatamos que eram de diversas nacionalidades: holandesa, norte-americana, etc ... exceto brasileira.
Por fim, uma vista do que seria o fundo da vila, mas, na verdade é a entrada, visto que ela está situada na direção oposta à chegada dos veículos.
Albufeira
Quando partimos de Beja, em direção à Albufeira, distante, aproximadamente, 127 km, a princípio, tínhamos dois objetivos, ou seja, o primeiro seria visitar o criador do nosso site, o Alexandre e seus familiares, é claro, os quais, atualmente, estão morando nessa cidade e, o segundo, aguardarmos a chegada, via Correios, da documentação definitiva do motorhome, pois precisaríamos dela antes de partirmos para o "exterior", ou seja, para saírmos de Portugal.
Durante a viagem, paramos no local onde existe uma placa indicativa de “Algarve” para registramos a nossa entrada nesta região, considerada por muitos, como a mais linda deste país.
Em relação à cidade confessamos que, no sentido turístico, não tínhamos grandes expectativas, pois, embora situada na região do Algarve, Albufeira não é tão famosa quanto outras cidades localizadas nesta região.
No entanto, tivemos uma grata surpresa ao visitá-la, pois, além de ser uma linda cidade litorânea, com uma arquitetura moderna, existem, também, vários pontos interessantes de serem conhecidos.
O primeiro local que visitamos foi a marina. Um local com um visual muito bonito, não só pelas inúmeras lanchas atracadas, mas, principalmente, pelo colorido dos apartamentos construídos em uma de suas laterais.
Como chegamos aqui em um final de semana, foi ótimo, pois, assim, a família toda do Alexandre pode participar conosco durante os passeios.
Como existem vários barzinhos localizados na orla, aproveitamos para visitar um deles, na praia do Peneco, onde sentamos e bebemos uma deliciosa “Sangria” de vinho tinho.
A praia do Peneco, mesmo deserta, pois aqui é um período de baixa temporada, visto que o inverno terminou esta semana, é bastante atraente, além de ser muito limpa e organizada.
Com uma vista destas, é quase impossível não pensar em um dia ter uma casinha junto ao mar, concordam? Então, porque não realizá-lo?
Seguimos nosso passeio em direção ao miradouro da cidade. O acesso para ele, é através de duas escadas rolantes, as quais ficam expostas ao ar livre. De lá, do alto, é possível visualizarmos várias praias, entre elas, a dos Pescadores, a do Inatel, a dos Alemães e, é claro, a de Peneco, onde estávamos.
Além disso, do miradouro, temos muma visão muito linda dos apartamentos e das casas brancas desta cidade praiana, as quais, pela cor e pela arquitetura, lembram, bastante, algumas praias da Grécia.